A relação entre pais e filhos deve ser especial, de parceria e cumplicidade. Às vezes, a genética dá uma forcinha, e os filhos têm o temperamento similar ao do paizão. Outras vezes, no entanto, as diferenças chegam a surpreender. Um é tímido, e o outro, superextrovertido. Um é metódico, rígido, vive cercado de regras e formalidades, enquanto o outro é livre, descontraído e relaxado.
Mas sejam eles parecidos ou totalmente distintos, o importante é que cada um respeite o espaço do outro e construa uma relação de amizade e companheirismo!
Filho de peixe peixinho é
Desde pequenininho, o Wellington Vacari de Souza, de 27 anos, já era muito parecido com seu pai, o caminhoneiro João Carlos de Souza, de 59 anos. Aos 4 anos, o garoto, vidrado por caminhões, passava horas e horas na companhia do paizão, enquanto lavavam ou faziam consertos no veículo. “Eram momentos de alegria e cumplicidade”, relembra Wellington.
Mas não é apenas na paixão por caminhões que os dois se assemelham. “Temos o mesmo temperamento, somos tímidos e introspectivos num primeiro momento, mas depois relaxamos e nos tornamos brincalhões. Mas é bom não abusar. Apesar de tranquilos e sossegados, quando nos provocam, temos o sangue bem quente”, confessa Wellington. Diante de tantas semelhanças, não deu outra: o rapaz seguiu os passos do pai e comprou seu caminhão – hoje eles têm a mesma profissão.
Opostos, sim. E complementares
“O que promove um bom relacionamento entre pais e filhos não é necessariamente a semelhança. A relação pode estar fundamentada no sentimento contrário, o da diferença e complementaridade”, comenta o psicólgo Ildo Rosa da Fonesca.
É o caso de Silvio Luis dos Santos, 36 anos, e seu pai Ademir Carneiro dos Santos, 60 anos. “Somos totalmente diferentes na maneira de agir e pensar. Meu pai é bem divertido, solta piadas quando você menos espera, brinca até com quem não conhece. Eu já sou mais fechado, sou de escutar mais e falar menos”, conta Silvio. Mas é justamente por causa de suas diferenças que os dois se dão tão bem. “Trabalhamos juntos, temos uma oficina mecânica. Como meu pai é comunicativo, ele fica responsável pelo contato com os clientes, enquanto eu, mais fechadão, fico por conta da administração. Assim, respeitamos nossas diferenças e formamos uma boa parceria”, revela o filho.
Seja um pai companheiro
Confira as dicas do psicólogo Ildo Rosa da Fonseca para construir uma relação de amizade e parceria com seu filho:
– Respeite as suas escolhas e forma de pensar, mesmo que não as aprove. Interfira apenas se acreditar que ele corra riscos.
– Dê espaço para que a criança possa desenvolver sua própria personalidade e se expressar com liberdade.
– Seja afetuoso, converse, aproxime-se. Deixe que ele descubra suas habilidades e gostos à vontade, livre de críticas e proibições. Não crie a expectativa de que seu filho será parecido com você.
– Lembre-se de que ele só será feliz se puder seguir seu caminho. Nada pior do que ser o que não desejamos, apenas para atender aos anseios dos outros, não é?
Fonte:http://www.portalvital.com/sua-vida/relacionamento/tal-pai-tal-filho-nem-sempre-
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